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Divino Espírito SantoA origem das festasPor Joaquim EusébioAs festas do Espírito Santo, que encontramos por toda a parte onde vivam açoreanos, veio do Continente, transportada pelos Franciscanos. De facto, desde o século XIII que o Espírito Santo é celebrado. A tradição liga as festas à ação da Rainha Santa Isabel que as teria promovido pela primeira vez em 1231, como promessa devido às pazes obtidas no conflicto que opôs o seu marido, D. Dinis, ao seu filho, o futuro D. Afonso IV. Estudos recentes, porém, demonstram que a festa já se realizava em Portugal antes desta data. A origem mais remota das festas há que as procurar na Calábria, na Itália, onde o monge cisterciense Joaquim de Fiore (1132-1202) defende que na história da humanidade, depois de um império do Pai (Antigo Testamento) e de um império do Filho (Novo Testamento), virá o império do Espírito Santo, que trará a justiça e a fraternidade entre os homens. As suas ideias, embora tenham sido em parte condenadas pelo papa Alexandre IV em 1256, serão muito bem acolhidas e difundidas pelo movimento franciscano em Portugal. A suspeição sobre o pensamento de Joaquim de Fiore, fará que tenham praticamente desaparecido no Continente, aqui havendo apenas vestígios designadamente nas festas dos tabuleiros, em Tomar, e nas festas do Espírito Santo no Penedo (Sintra) e em Eiras (Coimbra). O isolamento insular facilitou a sua conservação e expansão nos Açores, tornando-se aí um elemento bem característico da religiosidade das populações. As ideias de fraternidade e de justiça social estão intimamente ligadas à festa e manifestam-se na partilha de alimentos. Segundo alguns antropólogos, é muito provável que essa partilha de alimentos esteja ligada ao solstício do verão e ao calendário agrícola, pois estamos em plena época das colheitas, fazendo assim remontar as origens a tempos imemoriais. |
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