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Para salvar cultura portuguesa na ÁsiaLusodescendentes apelam à uniãoMalaca, Luso-asiáticos de dez países juntam-se no final do mês em Malaca, na Malásia, numa conferência para tentar unir esforços para ?salvar a cultura portuguesa na Ásia? e sensibilizar Portugal e a CPLP para esta ?questão séria?. A expetativa é que a ?primeira conferência das comunidades portuguesas asiáticas?, de 27 a 30 de junho, funcione como ?um despertador? para ?os líderes do mundo português?, disse à Lusa o malaio Joseph Sta Maria, que preside à conferência. Portugal, sobretudo, e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no seu conjunto deveriam ?dar atenção a esta questão séria?, acrescentou, sublinhando que ?a comunidade portuguesa asiática é ignorada desde há demasiado tempo?. ?Portugal tem responsabilidade moral em relação aos seus ?filhos? em toda a Ásia?, herdeiros da expansão marítima portuguesa dos séculos XVI e XVII, e apesar de não serem cidadãos portugueses, disse Joseph Sta Maria, malaio, representante das minorias junto da administração de Malaca e autor do livro «Pessoas Proeminentes na Comunidade Portuguesa em Malaca?. ?Em muitos países asiáticos encontram-se traços de origem portuguesa na língua, na comida ou mesmo na música tradicional?, mas em muitos casos essa herança enfrenta ?sérias ameaças? e a cultura própria destas comunidades ?desaparecerá em breve, com o passar do tempo?, vincou. Segundo Joseph Sta Maria, é ?com tudo isto em mente? que os organizadores, que pertencem à comunidade de origem portuguesa de Malaca, decidiram avançar com a organização da conferência, em que estarão representantes de comunidades da Malásia, Singapura, Indonésia, Sri Lanka, Austrália, Tailândia, Birmânia, Timor-Leste, China e Índia. ?O objetivo é consciencializar para a existência de comunidades luso-asiáticas nos nossos países, com culturas e tradições herdadas de Portugal (?), e unir esforços para trabalharmos juntos na sua preservação?, afirmou. Por outro lado, a conferência espera chamar a atenção da CPLP para a existência destas comunidades e para a ameaça de desaparecimento. ?Portugal tem de desempenhar agora o papel que lhe compete e convencer a CPLP e os países lusófonos ricos a salvarem a comunidade luso-asiática do desaparecimento. (?.) Esperamos conseguir abrir os corações dos líderes portugueses e que eles vejam que a ameaça à identidade portuguesa na Ásia é real?, acrescentou. Na conferência em Malaca, além de representantes das diversas comunidades, haverá intervenções de académicos de universidades dos Estados Unidos, Indonésia, Áustria, Sri Lanka, Filipinas, Malásia e Austrália, com investigações relacionadas com a herança cultural portuguesa em diversos pontos do mundo. A conferência contará ainda com uma representação da Assembleia da República de Portugal e tem como convidado o presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), Fernando Nobre.
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