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Pela prestação de Hélder Moutinho…Galvanizadas 500 pessoas!Por Anália NarcisoHélder Moutinho, o fadista que já atuou em salas de espetáculo como o Lincoln Center, em Nova Iorque, o Chicago World Music, o Concertgebouw, em Amesterdão, o Palácio das Belas Artes, em Bruxelas, entre outros, subiu sexta-feira passada ao palco da Sala Óscar Peterson, da Universidade Concordia, para oferecer uma noite de fado como poucas vezes vimos. Nós e as cerca de 500 pessoas que lá estiveram. Entre essas 500 pessoas, muitas eram estrangeiras, na sua maioria admiradoras da nossa canção nacional. De facto, Hélder Moutinho dispôs-se na sexta-feira a oferecer uma noite de fado ao mais alto nível, o que a plateia fez por merecer, comparecendo em grande número. De resto, o contrário seria para admirar, visto os ingressos serem gratuitos, numa deferência do Consulado Português e da Caixa Portuguesa. Com um reportório vasto e variado, Hélder Moutinho, que não abdica do fado tradicional, impressionou com melodias ricas na letra e de sons excecionais, estes pelo dedilhar dos dois jovens músicos, Marco de 28 anos e Michael de 18, ambos cheios de talento! Depois de assistir à intervenção do Cônsul-Geral, Dr. José Guedes de Sousa, que fez o elogio dos patrocinadores e da equipa que pôs de pé toda a organização do concerto, Hélder Moutinho subiu ao palco para cantar sucessivamente «O que restou da Mouraria», «Vida», «Pedro Rodrigues», «Pequeno amor», «Fado maldito», «Volta a dar», até suceder um pequeno intervalo composto por um sensacional momento de música instrumental da autoria de dois jovens músicos de superior categoria. Essa constatação fê-la a sala inteira, através de aplausos bem sentidos! De regresso ao espaçoso palco, Hélder Moutinho voltou para cantar, sempre de maneira entusiasta e superior, os fados «Já não te espero», «Se uma janela se abrisse», «A Saudade», «O que sobrou foi amor»... O instrumental, pelas duas pérolas formadas pelo duo guitarra e viola portuguesa soou uma vez mais. E os aplausos continuaram a fazer parte da festa. «Fado loucura», «Vielas de Alfama», «Como dois barcos no Tejo», «Escrito no destino», «Lisboa, menina e moça», vieram numa última parte extasiar a assistência, sempre muito participativa no aplaudir, que já a acompanhar o fadista nas suas estrofes nem por isso... Mas deu para alguns momentos hilariantes, de rir, pelo que o artista pedia e pelo que o público podia dar e que era quase... nada. O importante foi que Hélder Moutinho teve provas tangíveis de que a plateia estava rendida à sua bela prestação. E isto é o mais importante para o artista: saber que o seu trabalho está a ser apreciado pela qualidade do que ele está a fazer. Foi dessa maneira que os bis se sucederam e o Hélder Moutinho, feliz, correspondeu com a apresentação de mais uma série de canções. Foi nesse momento que entrou em ação a voz do jovem Marco, quase parecendo uma desgarrada, onde se não dava pela diferença de tom e de qualidade. Foi assim, em grande, que terminou o espetáculo de Hélder Moutinho, nada inferior do que deu seu irmão Camané, em Montreal, na época passada, no Théâtre Outremont. De salientar que Hélder Moutinho homenageou, à sua maneira, a grande fadista Beatriz da Conceição, falecida entretanto, e que ele tanto admirava por ter privado com ela ao ponto de dizer que «Foi uma senhora que me ensinou muita coisa...». Nesta mini digressão ao Canadá, o percurso de Hélder Moutinho e dos seus dois jovens guitarristas foi feito entre Montreal e Toronto, passando por Otava. |
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