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Diário de um verão (II)Por Osvaldo CabralELEIÇÕES – O candidato José Contente propôs um complemento de pensão para os cidadãos idosos de Ponta Delgada, em parceria com o Governo Regional. Vasco Cordeiro apressou-se a responder que não tinha nada a ver com aquilo. Eis mais algumas sugestões para os candidatos de Ponta Delgada, mesmo contra a vontade do fuinhas Vasco Cordeiro: Um complemento de pensão para os cidadãos de Ponta Delgada jogarem no Casino da Calheta; Um complemento de pensão para os cidadãos de Ponta Delgada comprarem os caixotes do arquiteto Souto Moura nas Setes Cidades; Um complemento de pensão para os cidadãos de Ponta Delgada viajarem na caríssima SATA; Um complemento de pensão para os cidadãos de Ponta Delgada deixarem de fazer «carícias» nas enfermarias do hospital da sua cidade. Agora a sério: do que precisamos mesmo é de um Centro Interpretativo da Política Exótica à Regional. **** SILLY – O jornalismo portuga está de rastos. Os noticiários televisivos, em pleno verão, abrem com a morte de uma turista que se afogou na piscina de uma quinta de turismo rural em Montemor. A notícia morreria aqui. Mas o apresentador chama em direto outro jornalista, no local do acidente, para este dizer a mesma coisa, porque não há mais nada a dizer. Mas o verão tem que render. O jornalista do direto entrevista o Comandante da GNR, para dizer o que os dois já tinham dito anteriormente. Mas não acaba aqui: o jornalista quer ouvir ainda o Comandante dos Bombeiros, que repete exatamente o que foi dito. Já vamos nisto há longos minutos. No final, o jornalista despede-se dizendo que não foi possível ouvir os donos da quinta. Uf! Não é só a «silly season». Em Portugal também há jornalistas tontos. **** PACU – A descoberta do verão é o peixe Pacu, o tal que gosta de comer testículos. Pois eu acho que temos tubarão semelhante entre nós: a banca portuguesa. Os bancos, protegidos pelos políticos, chupam-nos até ao tutano. Conheço um que aceitou depositar um cheque da Segurança Social, que já tinha passado da validade. Quando deu pelo erro, devolveu o cheque ao pensionista e ainda lhe cobrou umas dezenas de euros em comissões de serviço. Não é garotice nem ganância. É sacanice bancária. **** SEM PACU – Quem disse que o setor da Saúde regional estava de pantanas? Leitor amigo contou-me este exemplo do caos na máquina administrativa da Saúde, depois de tantos «boys and girls» nomeados. Em 26 de maio de 2012 a esposa deste amigo recorreu ao serviço de urgência do Hospital do Divino Espírito Santo, por indisposição. Em 20 de junho de 2013, mais de um ano depois, o hospital reclamou o custo de análises no valor de 14,05 Euros. No dia seguinte foi enviado um cheque e, poucos dias depois, o meu amigo recebeu o recibo. Até à presente data o referido cheque está por descontar na conta bancária. Ainda se deu ao trabalho de estabelecer um contacto com os serviços administrativos do Hospital, ao que a funcionária se justificou com a «alteração da gerência e falta de pessoal»! E eles a discutirem, durante meses, um grande plano de re-estruturação do setor da Saúde. Valha-nos Deus. **** IRREVOGÁVEL – Esta palavra, que dá tanta credibilidade à política como matar a sede a um morto, é a moda do verão político. A construção do cais de cruzeiros em Angra do Heroísmo era irrevogável no anterior governo. A sua suspensão era irrevogável no atual governo. Ao que parece, neste período eleitoral autárquico, a sua reabilitação volta a ser irrevogável... **** HORROR – A RTP, depois de ter reabilitado Sócrates, arma-se novamente em Centro de Reabilitação de Alcoitão, e foi buscar Manuela Moura Guedes. A RTP tornou-se numa casa de fantasmas! |
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Acordo Ortográfico
O que é o novo acordo? O LusoPresse decidiu adotar o novo acordo ortográfico da língua portuguesa. Todavia, estamos em fase de transição e durante algum tempo, utilizaremos as duas formas ortográficas, a antiga e a nova. Contamos com a compreensão dos nossos leitores. Carlos de Jesus Diretor |
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