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Mário Laginha em Montreal: Divulgação da Música que se faz em PortugalPor Raquel CunhaFoi uma iniciativa da Embaixada Portuguesa, essa de trazer ao Canadá o famoso pianista de Jazz Mário Laginha. O Consulado de Montreal aproveitou a oportunidade e em cooperação com a Chapelle du Bon-Pasteur ofereceu no passado dia 28, uma noite memorável a todos os que apreciam Jazz. «É importante lembrar que Portugal tem mais do que o Fado e música popular» afirma o cônsul, visivelmente satisfeito com o sucesso dessa iniciativa.
Mario Laguinha Foto: LusoPresse Para todos os portugueses, Mário Laginha dispensa apresentações, tendo já trabalhado com os mais famosos músicos de Portugal, Brasil e do resto do mundo. Talvez por isso a sala estivesse cheia e na sua maioria composta por Quebequenses; uma prova que o Jazz ultrapassa fronteiras. E é disso que falamos. A sala completa, concerto intimista ao som da música de quem sabe tocar. Mário Laginha é sem dúvida um dos maiores nomes do Jazz português e o primeiro a sair da esfera elitista da dita música erudita e a atravessar fronteiras, não só territoriais, mas sobretudo dentro do país que o viu nascer. Mário Laginha consegue a proeza de ser transversal a todas as classes sociais, de ser hoje um nome conhecido e respeitado por todos. O concerto aborda temas transculturais à música como a Cultura, o Fado, a Arquitetura e as influências do Lado de Cá e de Lá do Mar. Tudo isso é-nos narrado através das notas do seu piano. Terminou com Chorinho Feliz, feito para a comemoração dos 500 anos de amizade que nos liga ao Brasil. Nessa música realça o lado alegre e feliz dessa relação construída com muito sacrifício e algum choro de ambos os lados. Sem uma única palavra, viajamos. A música fala e leva-nos ao lado de cá e de lá do Atlântico. Leva-nos à Alfama e às casas de fado lisboetas; Leva-nos à esterilização arquitetónica contemporânea; leva-nos aos grandes nomes do jazz europeu e americano e leva-nos também ao Brasil. Portugal rico em talentos e de alma fértil conduz a música, que nos toca como teclas de piano no mais profundo de nós, nas nossas memórias mais bem guardadas e nas nossas mais intimas emoções. Aplaudido de pé, teve-se direito ainda a «Mãos na Parede». De uma simpatia contagiante, Mário Laginha afirma que mal conhece Montreal, embora já cá tenha vindo, «fico sempre muito pouco tempo mas a cidade parece-me como uma escala muito convidativa, bonita e com muito frio». Chegou diretamente de Lisboa, amanhã (dia 29) toca em Otava, seguindo para Toronto (dia 30) e New Jersey no dia 1 de dezembro. À saída, o cônsul português está feliz com o sucesso do concerto e afirma que a embaixada está a planear a vinda de mais um famoso pianista português «para completar o trio». O nome não pode dizer, mas depois de Pedro Burmester e Mário Laginha, será de certeza outra noite memorável. Não sou crítica de música, mas da minha parte só posso dizer «Fabuloso», e muito obrigado Mário Laginha por ter cá vindo e um obrigado também ao Consulado Português e à Chapelle du Bon-Pasteur por essa iniciativa; a de fazer chegar a cultura a todos que a procuram. Os concertos na Capela continuam e são na sua maioria de entrada livre. A aproveitar. |
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