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Secretário de Estado admite reduzir composição do Conselho das Comunidades
![]() Foto: LusoPresse Maia - O secretário de Estado José Cesário admitiu a possibilidade de o Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) reduzir a composição atual de 73 elementos deste órgão consultivo que se reúne em plenário a cada dois anos. Em declarações à agência Lusa, antes da sessão de abertura do Encontro Mundial de Mulheres Portuguesas na Diáspora, que decorreu na Maia, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas assegurou que o CCP «faz parte das prioridades do atual Governo», mas não afastou a hipótese de a estrutura ser diminuída. «A dimensão. ver-se-á quando for conhecida a reestruturação orgânica», disse. José Cesário reiterou a «total importância» do CCP e admitiu que este organismo tem «razão» nas queixas de «algum abandono», mas garantiu que o Governo está «a fazer tudo para inverter esse estado de coisas». «Desde que o Governo tomou posse já fez duas reuniões de consulta» com o CCP», sublinhou José Cesário, vincando: «Não há deslocação que eu faça sem dela dar conta ao CCP.» O Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas terminou sexta-feira em Lisboa o seu segundo encontro do ano. Sobre as manifestações previstas em Andorra e Osnabruck, contra o encerramento das estruturas consulares locais, o secretário de Estado realçou que «as decisões estão tomadas», admitindo que «ninguém fecha um posto por gosto». «Fomos obrigados a fazer escolhas» e os postos a serem fechados são «os que têm maiores prejuízos, maior défice». As áreas cobertas por estas estruturas diplomáticas - garantiu José Cesário - serão «todas cobertas por itinerâncias consulares». «O posto irá até aos cidadãos e a muitos outros locais que não eram até agora servidos diretamente», salientou o secretário de Estado, adiantando que o plano para estas itinerâncias foi apresentado ao CCP na quinta-feira. Presente na sessão de abertura do Encontro Mundial de Mulheres Portuguesas na Diáspora, José Cesário destacou a «importância do associativismo feminino». Realçando que «as mulheres na diáspora são mais ativas» e que «onde elas estão mobilizadas as associações funcionam de forma diferente», o secretário de Estado considerou que as 2700 associações de comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo «são indispensáveis, numa altura em que a emigração portuguesa tem vindo a aumentar». «Temos muitos problemas e há muito para fazer», reconheceu, afirmando que o movimento associativo tem «necessidade de se repensar e de ganhar novos espaços de intervenção, encontrando novos quadros, porque os atuais estão envelhecidos, e também novas atividades, para além das tradicionais e recreativas». «O movimento associativo está muito aquém do desejável, quer cá, quer lá fora», resumiu. Manuela Aguiar, presidente da assembleia-geral da Associação Mulher Migrante, que organiza o encontro que se prolongou até sábado, na Maia, referiu que «a componente feminina» da diáspora «tem sido mais marginalizada» «A paridade entre mulheres e homens é muito conseguida nas comunidades portuguesas», realçou, acrescentando que, porém, essa paridade «não se reflete no movimento associativo, sobretudo no poder de decisão», que permanece «um universo predominantemente masculino» e que se revela «conservador de mentalidades», mantendo «elementos tradicionais anacrónicos». Notando que um estudo sobre a igualdade entre mulheres e homens nos vários países da diáspora «tem um interesse estratégico», Manuela Aguiar sublinhou: «Portugal é muito mais mar.» |
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