![]() |
||||||
![]() |
||||||
|
|
Porto:MPN celebra ideário «federalizante» da revolta do 31 de Janeiro
![]() Pedro Batista, fundador do Movimento Partido do Norte Porto - O presidente do Movimento Partido do Norte (MPN) celebrou hoje, no Porto, "o ideário da revolução portuense e nortenha do 31 de Janeiro, democrático, libertário, descentralizador, federalizante e nada mais". "É a esses heróis que proclamaram pela força das armas, contra a violência instituída, a República e o Governo provisório do Norte que aqui rendemos homenagem", acrescentou Pedro Baptista, numa "romagem evocativa do 120.º aniversário da Revolução Nortenha e Federativa do 31 de Janeiro de 1891". O ato teve lugar junto ao monumento "Paz aos Vencidos", no Cemitério do Prado do Repouso, tendo o MPN depositado ali uma coroa de flores com o seu emblema. A revolta de 31 de Janeiro de 1891 foi o primeiro movimento revolucionário que teve por objetivo a implantação do regime republicano em Portugal e, segundo Pedro Baptista, caracterizava-se pelo seu "cunho democrático e federalista", tal como "rezava a doutrina do Partido Republicano". O dirigente, professor universitário e antigo deputado socialista, considera que esses princípios ideológicos não estavam presentes no 5 de Outubro de 1910, que "célere rasgou o programa do Partido Republicano e instaurou um regime centralista, unitarista, anti-provincial e anti-federal". Com o 31 de Janeiro de 1891, "pretendia-se uma revolução de todo o país, para libertar todo o país da capital", resumiu. "Também nós queremos um governo do Norte e para o Norte, para bem do país. Felizmente, até ver, temos algumas condições políticas para nos associarmos e exprimirmos livre e legalmente", proclamou ainda Pedro Baptista, nesta cerimónia evocativa. Muito crítico face ao atual regime político, o líder do MPN afirmou que este "já se assume como uma oligarquia partidocrata, em que os que lá estão se consideram os donos do país, consideram este o seu regime e não o dos portugueses". O MPN ambiciona concorrer já nas próximas legislativas, visando a criação de um grupo parlamentar e a eleição de deputados. "O caminho que temos pela frente é penoso", reconhece Pedro Baptista, criticando que "a atual partidocracia que enterra o país não quer deixar os seus privilégios" Os deputados, acrescentou, são uma "tropa fandanga que se fazem eleger sem ninguém os conhecer e que não abrem a boca uma única vez a não ser para dizer que sim aos diretórios partidários, esquecendo quem os elegeu, e não querem deixar os lugares nem assumirem um trabalho decente como os outros portugueses. "Com os nossos votos só contarão as políticas favoráveis ao nosso eleitorado, à nossa região e ao processo de construção da nossa autonomia regional. Um governo regional do Norte e para o Norte. De 1891 a 2011, o mesmo caminho, a mesma luta, até à vitória final", concluiu Pedro Baptista. |
Acordo Ortográfico
Apesar das resistências encontradas na imprensa portuguesa em geral, o LusoPresse decidiu adoptar o novo acordo ortográfico da língua portuguesa pelas razões que já tivemos a oportunidade de referir noutro local. Todavia, estamos em fase de transição e durante algum tempo, utilizaremos as duas formas ortográficas, a antiga e a nova. Contamos com a compreensão dos nossos leitores. Carlos de Jesus Diretor |
LusoPresse - 2021 |